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O que é a doença renal crónica e o tratamento de diálise?

Como decorre

A doença renal crónica tem tratamento?

Os doentes com doença renal crónica na sua fase mais avançada, o estádio 5 (quando só uma pequena percentagem do rim se encontra a funcionar) necessitam, em determinada altura e para poderem viver, de efetuar um tratamento de substituição da função renal, que pode ser a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o transplante renal. O doente deve escolher, em conjunto com o seu nefrologista assistente, a técnica que prefere e que melhor se adapta à sua vida.

Descobrir que se tem uma doença renal pode ser difícil, mas aprender mais sobre os seus rins é o primeiro passo para assumir o controlo da sua saúde. Seguir uma dieta saudável para os rins, não fumar, controlar a diabetes, a hipertensão e outros problemas de saúde poderá ajudá-lo a ter uma melhor função renal e durante mais tempo, mesmo que tenha uma doença renal.

Também é importante que não se esqueça que não está sozinho. Na DaVita conta com uma equipa atenta, muito humana e bem preparada para o ajudar a compreender a doença renal e o tratamento certo para si.

O que é a hemodiálise?

A hemodiálise é a forma mais frequente de tratamento de substituição da função renal. É um processo que remove os resíduos e o líquido em excesso do sangue quando os rins, por si só, não são capazes de o fazer. Este tratamento pode ser realizado no hospital ou em clínicas de diálise perto da residência do doente.

Durante o tratamento, o sangue é retirado de um vaso sanguíneo e passa por um filtro sintético, o dialisador (ou “rim artificial”), antes de ser devolvido ao organismo. Este processo ajuda a manter na corrente sanguínea níveis mais seguros de determinadas substâncias químicas, como por exemplo o potássio.

Habitualmente, são necessárias três sessões de hemodiálise por semana, tendo cada sessão em média a duração de 4 horas. A hemodiálise é um tratamento eficaz para os doentes com doença renal em fase terminal. No entanto, a hemodiálise, sem qualquer outro apoio, não lhe garante um tratamento completo nos casos de insuficiência renal. Será necessário seguir um tipo de dieta ajustada às suas necessidades com controlo da ingestão de líquidos. Poderá ter de tomar alguns medicamentos para substituir outras funções desempenhadas pelos rins, tais como controlar a tensão arterial e estimular a produção de glóbulos vermelhos de modo a prevenir a anemia.

O que é a hemodiálise

Como é que funciona a hemodiálise?

Na hemodiálise, o sangue é retirado do corpo e filtrado através de uma membrana chamada dialisador ou rim artificial. Após esta “limpeza” é feito o retorno do sangue filtrado ao corpo do doente. Em média, as pessoas têm 4 a 5 litros de sangue; durante a diálise somente meio litro de sangue (cerca de duas chávenas) permanece fora do corpo.

Para se fazer hemodiálise tem de ser criado um acesso que permita que o sangue saia para o dialisador e retorne novamente ao seu corpo. Existem três tipos de acesso para a hemodiálise: fístula arteriovenosa (AV), prótese AV e cateter venoso central (CVC).

A fístula AV é o acesso vascular mais recomendado pelos especialistas em diálise; mas terá de decidir, em conjunto com o seu nefrologista, o acesso que melhor se adequa à sua situação.

Quando um doente começa a fazer hemodiálise, os sinais vitais e o peso do doente são verificados por um enfermeiro. O aumento de peso indica o excesso de líquidos que têm de ser eliminados durante o tratamento.

Nos doentes com acesso vascular (fístula AV ou prótese AV) são colocadas duas agulhas: uma para a saída do sangue – e outra para o seu retorno. Nos doentes com cateter venoso central o sangue entra e sai pelos ramos do CVC.

A máquina de diálise é programada e começa então o tratamento. A máquina de diálise é como se fosse um grande computador. Regista, de forma contínua, o fluxo sanguíneo, a tensão arterial, a quantidade de líquidos que são eliminados, assim como outras informações vitais. Mistura o dialisante, ou seja, a solução para diálise, que é o banho de diálise que entra no dialisador. A máquina de diálise possui uma bomba de sangue que mantém o sangue a fluir, permitindo que o sangue circule do doente para o dialisador e novamente para o doente. A máquina de diálise também tem várias funções de segurança, de modo a garantir um tratamento seguro e eficiente.

O dialisador é a chave para a hemodiálise. O dialisador é o chamado rim artificial, porque filtra o sangue – uma função que era desempenhada pelos rins. O dialisador é um tubo de plástico oco que contém muitos filtros minúsculos.

Existem dialisadores de diferentes tamanhos, por isso o Nefrologista prescreve o dialisador mais indicado para cada doente. O dialisador é composto por dois compartimentos: o compartimento para o dialisante (solução para diálise) e o compartimento para o sangue. Os dois compartimentos estão divididos por uma membrana semipermeável, para que não se misturem.

A membrana semipermeável tem orifícios microscópicos através dos quais passam apenas algumas substâncias. Como é semipermeável, a água e os resíduos conseguem passar através da membrana, mas as células sanguíneas não conseguem passar. O dialisante, também designado como solução de diálise, é uma solução de água pura, eletrólitos e sais, tais como bicarbonato e sódio.

O objetivo do dialisante é eliminar as toxinas do sangue e passá-las para o dialisante. Este processo é designado por difusão. No sangue dos doentes hemodialisados, verifica-se uma elevada concentração de resíduos enquanto o dialisante tem uma baixa concentração de resíduos. Devido à diferença na concentração entre o sangue e o dialisante, os resíduos passam através da membrana semipermeável criando uma quantidade igual de resíduos em ambos os lados. A solução de diálise é eliminada juntamente com os resíduos. Os eletrólitos presentes na solução de diálise também são utilizados para equilibrar os eletrólitos no sangue dos doentes.

Existem diferentes tipos de soluções de diálise, por isso o seu médico irá escolher a mais indicada para o seu tratamento. Os líquidos acumulados são eliminados através de um processo designado por filtração. Os fluídos são como que empurrados por uma pressão mais alta no lado do sangue do que no lado do dialisante.